Cerca de 20 operários enfrentaram uma chuva, ora forte, ora branda, na tarde da última quinta-feira. Eles estavam a 250 m da pista do aeroporto de Congonhas com a missão de deixar pronto o memorial em homenagem às vitimas do acidente do TAM JJ 3054.
O Memorial 17 de Julho (dia da tragédia) será inaugurado às 17h30 da próxima terça-feira, na zona sul.
“Essa praça simboliza nossa luta pelo respeito à memória de nossos familiares”, diz Silvia Xavier, mãe de Paula, que morreu no acidente aos 23 anos. “E também pela melhoria das condições da aviação brasileira.
A praça é composta por uma esplanada, que tem em seu centro uma mureta com um espelho de água.
Preservada do fogo do acidente ficou um “xodó” dos familiares: uma amoreira localizada bem no núcleo do espaço, contornado por grama e mudas de flores.
A vida das 199 vítimas será representada por fachos de luzes, instalados no chão.
Ao fundo, estão brinquedos infantis, como gangorra e balanças. A esplanada é circundada por quatro longos bancos semicirculares.
Depois do acidente, os familiares das vítimas começaram a discutir o que fazer com o terreno, que foi doado pela TAM à Prefeitura de São Paulo, mas só em dezembro do ano passado a obra, de fato, começou.
Isso ocorreu, segundo Archelau Xavier, vice-presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas da TAM, por causa da demora na desapropriação ao redor e das discussões sobre o que seria feito no local.
Fonte: UOL