A favor de Campo Belo já contam a localização privilegiada -entre o aeroporto de Congonhas e o novo polo empresarial e financeiro da cidade, nas avenidas Berrini e Chucri Zaidan- e o fato de ser uma região tranquila. Para Fábio Romano, diretor da Upcon Desenvolvimento Imobiliário, o prolongamento da avenida Chucri Zaidan, que deve se consolidar como uma “nova Berrini”, terá impacto no distrito.
“Podemos dizer que temos uma Manhattan na região da Faria Lima, da Berrini e do Itaim, onde estão as principais empresas e multinacionais. E o executivo escolheu o bairro de Moema e Campo Belo [que estão próximos] para morar”, diz Romano. Ele projeta alta de 50% nos preços nos apartamentos do Campo Belo quando a Chucri Zaidan e o metrô estiverem prontos.
De acordo com estudo feito pela Geoimovel, o valor dos imóveis no distrito mais do que dobrou desde 2007 -o preço do metro quadrado passou de R$ 4.121 para R$ 9.873.
Apesar da alta de 140%, o Campo Belo ainda tem apartamentos até 35% mais baratos do que Moema. “A tendência continua sendo de alta de valores no Campo Belo”, afirma Ricardo Rocha Leal, superintendente comercial e de marketing da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário.
OPERAÇÃO URBANA
Nos últimos cinco anos, a região recebeu 41 novos empreendimentos residenciais. Há a previsão de que outras seis torres sejam lançadas nos próximos meses.
João D’Ávila, diretor da Amaral D’Ávila Engenharia, lembra que a operação urbana Água Espraiada, que realiza intervenções urbanísticas na zona sul desde 2001 e incentiva a construção de novos empreendimentos, permitiu que o distrito se valorizasse. “Onde hoje está a avenida Roberto Marinho havia, antes, uma favela.” A operação urbana seguirá trazendo melhorias para a região.
D’Ávila diz acreditar que o monotrilho trará mais comércio para o local. O distrito, porém, tende a manter seu clima de tranquilidade.
Com ruas largas e arborizadas, o Campo Belo se assemelha à Moema no passado, segundo Leal, da Queiroz Galvão: “É uma Moema de dez anos atrás, uma Moema mais tranquila e sem agito”.
Fonte: Jornal de Floripa